sábado, 29 de maio de 2010

Ainda sou do tempo em que...


Eu e todos os nascidos até finais dos anos 80...




"Não tínhamos frascos de medicamentos "à prova de crianças", ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.


Quando andávamos de bicicleta não usávamos capacetes.


Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar a frente era um bónus.


Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem...


Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.


Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.


Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que nos esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.


Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.


Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.


Não tínhamos PlayStation, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, chat na Internet.


Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos à rua.


Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía!


Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.


Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.


Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.


Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.


Criávamos jogos com paus e bolas.


Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem. Eles estavam do lado da lei.




Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.


Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.


Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.




És um deles?


Parabéns!"


Viver o momento!


O Futuro? Esse não existe... É uma quimera. Um caminho no qual podemos avançar, caminhar com passos mais curtos ou mais longos, mais rápidos ou mais lentos, para o alcançar. Não importa. Ele está sempre mais a frente que nós.

Algo que não é palpável, que não se pode tocar, abraçar. Algo que não se sente, que não nos satisfaz. Algo que quando é alcançado já se tornou Presente e numa pequena distracção se torna Passado.

Olhamos em frente... E o Horizonte lá continua... Distante!

Talvez uma imagem diferente se apresente diante de nós.

Montes mais altos ou mais baixos. Brilhos mais reluzentes, mais ofuscados ou até mesmo ausentes. Árvores mais ou menos azuladas, maiores ou mais pequenas. Mas distantes...

Sempre distantes.

A minha vida dava um filme :)



ahahah




Seria de todo verdade. E que filme daria a minha vida. Todas as histórias, peripécias, experiências, momentos bons, outros menos felizes mas todos fazem parte da minha história e contribuíram para aquilo que sou hoje. Não espero relatar toda a minha vida, apenas escrever porque gosto. Sobre alegrias ou inquietações, sentimentos calmos ou revoltosos, desejos e sonhos, fantasias, opiniões, ideias ou ideais... sei lá! E partilhar. Talvez seja um bom contributo!