Amizade...

Sentimento base de todos os sentimentos, sentimento base para um sentido para a vida, sentimento base para o amor. Sentimento puro que não se compra, não se impõe, apenas se sente. Não é negociável, não se escolhe e não tem necessariamente de ser corespondido.

É um sentimento confuso, implica gostarmos de pessoas que são muito diferentes de nós, com gostos diferentes, feitios diferentes. É um sentimento que por vezes nos obriga a gostar de pessoas que queríamos odiar, leva-nos a querer bem a quem tanto mal nos fez, desvaloriza as coisas más e faz-nos apenas ver as coisas boas.

Quem conhece o verdadeiro significado desta palavra só pode ser uma pessoa rica de sentimentos. Quem tem verdadeiros amigos tem tesouros que devem ser preservados porque são raros.

Um amigo é aquele a quem contas um segredo e não precisas de dizer para contar nada a ninguém. Um amigo é aquele que diz o que pensa e não o que se quer ouvir. Um amigo é aquele que não concordando contigo te respeita e apoia da mesma forma. Um amigo é aquele que te seca as lágrimas ou que simplesmente não as deixa correr. Um amigo é aquele que festeja contigo as tuas vitórias. Um amigo falha-te, desilude-te, magoa-te, mas um amigo merece sempre uma segunda oportunidade e, tal qual uma briga de irmãos, lá estarão no dia seguinte como se não se tivesse passado nada. Um amigo não está em presença constante mas quando precisares estará sempre disponível para ti.

Porque a Amizade enche, preenche e fundamenta todas as relações.

Não acontece só aos outros...

De todas as experiências que tive esta é, sem dúvida, uma das mais importantes. Não digo das mais difíceis mas digo que me fez ganhar consciência de muitas situações.

Muitos, tal como eu pensava, acham que as coisas ruins só acontecem com os outros. É como se nos colocássemos numa redoma que impede todos os males de chegarem até nós. Mas a realidade não é assim e todos estamos disponíveis para situações que possam correr menos bem, principalmente no que diz respeito á nossa saúde. A verdade é que muitas das vezes somos nós que nos colocamos a jeito para que estas situações possam vir ter connosco achando que aquela redoma nos protege. Todos nós temos comportamentos de risco achando que estamos imunes e perdemos a consciência de que a cada vez que o fazemos estamos a dar uma oportunidade a doença. De cada vez que temos relações sexuais desprotegidas, de cada vez que fumamos o nosso cigarrito, de cada vez que contactamos com pessoas já doentes sem as devidas precauções, quando desleixamos o nosso corpo ou lhe damos importância demasiada. De cada vez que estas situações ocorrem estamos a dar oportunidade a situações graves que podem ser fatais.

No meu caso tive sorte. Tenho uma Tuberculose que não está muito evoluída além de que é uma doença que tem tratamento. Mas "tu" ou o "teu amigo" amanhã podem não ter essa mesma sorte e por isso é importante que ganhem consciência do que vos digo e que entendam a mensagem que tento transmitir.

Porque só damos valor às coisas quando as perdemos e ai pode já ser tarde demais.

A dúvida persiste...

Terá mesmo de ser algo mais grave, de outra forma não se justificava a tosse que tenho0, os suores, as febres e o tão magra que estou.

Das outras vezes que estive no hospital apenas me deram xaropes. Da última vez fui a um médico particular e foi-me diagnosticado Bronquite. Fiz medicação mas não senti melhoras e resolvi vir de novo ao hospital. Fui atendida, examinada pelo médico que depois disso me disse que não achava nada de anormal em mim e na minha respiração. O meu pai que me acompanhava é que disse que não podia ser, disse que eu já andava assim à bastante tempo e que tinha de haver mais qualquer coisa. O médico quase por favor lá me passou uns exames e um RaioX aos pulmões porque pela vontade dele agora estava em casa e não aqui para ser tratada. Foram estes os exames que revelaram que algo não está bem.

Falou-se em tuberculose, aliás uma das médicas que estava de serviço disse-me logo que era tuberculose. Apesar disto, uma das análises não acusou esta doença e vou ter de esperar para amanha por novos resultados.

Angustia-me não saber qual o meu mal mas há coisas em que não acredito!

Venham visitar o meu hotel*****, lol talvez passe aqui parte das férias!

A mãe traz pijamas lavadinhos com o cheiro lá de casa para não ter saudades e umas coisinhas para comer. É que aqui os menus por vezes são elevados demais para as minhas capacidades gustativas.

Tem uma vista fantástica para o rio, com sorte ao fim-de-semana podes assistir a corridas de barco e canoagem. Com os binóculos que já pedi, até consigo controlar as tuas entradas e saídas no Água Benta...lol...não te portes bem que vou dizer a tua mãe o que andas a fazer :)

Com casa de banho privativa, cama mudada dia sim dia não (antes era todos os dias mas agora como andamos a cortar nas despesas só há dinheiro para pagar o serviço de 2 em 2 dias, pelo menos tenho direito a uma toalha lavadinha todos os dias, já não é mau, lol). O serviço de quartos não é mau e ás vezes aparece uma senhora simpática de branco que vem saber se preciso de alguma coisa e perde algum tempo a conversar comigo.

O quarto está ainda equipado com cama eléctrica que posso colocar na posição que me for mais confortável, uma tv (que tive de trazer de casa), um pc com placa de internet pagos pela mamã e um cadeirão muito confortável para vos poder receber com t0do o conforto. eheheheh

Por fim, mas não menos importante, (sempre sonhei dizer isto, :)), à entrada da minha suite podem encontram uns brindes que o hotel faz questão de distribuir. São máscaras e luvas que vocês terão de utilizar para entrarem na minha suite. Serve para prevenção e protecção vossa e minha por isso não é dispensável.

Como podem ver o hotel não é assim tão ruim por isso passem por cá, com a vossa companhia será mais fácil e agradável.

Agradeço a todos o apoio que me está a chegar...é óptimo sentir-me querida e é isso que sinto.

Obrigada Família;

Obrigada aos pais dos meus pequenos pelo apoio e compreensão;

Obrigada Paula, que a tua santinha olhe por mim e por eles;

Obrigada a todos os meus amigos, o vosso apoio tem sido fundamental;

Obrigada a todos...

O que esperar da vida!?

Caminho entre vales, mares e céus e a cada passo que dou sinto que me vou despedaçando. Um livro que vai perdendo as suas páginas até à última folha. As páginas deveriam ser acrescentadas e não destruídas mas corrói saber que a cada dia vou perdendo um pouco de mim, vou ficando mais apagada. Assusta-me compreender isto porque não sei o que está a acontecer. Angustia-me a ignorância em que me encontro porque, por um lado mais positivo, pode não ser nada de mais. A verdade é que não consigo estar em tranquilidade, a minha paz vai-se desvanecendo com as páginas daquele livro. Os vales sobre os quais caminho tornam-se cada vez mais sombrios, os mares turbulentos e os céus de um cinzento cada vez mais frio. Cada vez me embrulho mais naquele vale, me afundo naquele mar e arrefeço naquele céu. Cada vez me sinto mais distante de tudo, de todos e de mim mesma, da alegria que em mim residiu em outros tempos, que ainda reside mas teima em diminuir. Cada vez me sinto mais presa nesta angustia. A minha Liberdade está a ser-me retirada por um motivo que ainda não entendo. Tenho sonhos e projectos para os quais não posso avançar. Sofro com isso. Espero não ter de desistir de todos eles. Será que vou ter de desistir?...

Adopção de crianças por casais homossexuais

Um tema que ainda não muito falado já provoca conflitos de opiniões.

Estava eu tranquilamente num bar a conversa com amigos e naquele conversa puxa conversa em que se falam de vários assuntos destaco uma pequena discussão sobre o tema da adopção de crianças por casais homossexuais.

Todos os que me acompanhavam se revelaram contra a adopção. Uns porque é uma situação difícil de imaginar e que poderá ser traumática para as crianças, outros por ser contra a natureza humana ter dois pais ou duas mães, outros apenas por sentimentos retrógrados e egoístas.

Argumentos tão fracos perante as vantagens da adopção. Para mim é tudo uma questão de mentalidade e educação.

Traumáticas são as situações pelas quais as crianças passam para chegar ao ponto de terem de ser retiradas as suas famílias de origem. Traumático é passar fome e necessidades de várias ordens. Traumáticas são as situações de natureza física e psicológica a que estavam sujeitas.

E depois o que acontece a estas crianças? São despejadas em Instituições junto de outras crianças igualmente traumatizadas.

Claro que para se adoptar uma criança existem técnicos competentes para estudar e avaliar as condições da família mas o mais importante é reconhecer que a adopção é um acto de amor quer seja por casais hetero ou homossexuais. O superior interesse da criança deverá estar sempre acima de tudo e a institucionalização surge sempre como ultima opção apesar de ser a mais frequente.

Todas as crianças institucionalizadas desejam ter uma família, a maioria delas não consegue alcançar esse seu desejo. Isto acontece porque o numero de casais que pretende adoptar é grandiosamente inferior ao numero de crianças que estão para adopção, porque se perdem por vezes anos com burocracias estúpidas, porque apenas se procuram bebés e as crianças de já certa idade são colocadas de parte.

Se permitissem aos casais homossexuais, que apresentassem condições para criar e amar uma criança, a adopção, o numero de crianças institucionalizadas no nosso pais iria notoriamente diminuir. Quantas mais crianças iriam poder desfrutar do conforto de um lar!

Acima de tudo somos todos seres humanos e uma pessoa homossexual tem tão ou maior capacidade de amar que uma heterossexual. A liberdade e igualdade são direitos fundamentais do ser humano. O superior interesse da criança é o seu bem estar e o direito a ser amada no seio de uma família feliz.

Se tu fosses uma dessas crianças o que preferias? Passar uma vida inteira numa instituição ou ser adoptado por um casal homossexual que reunisse todas as condições para te dar amor, carinho e o conforto de uma casa?

Foi com esta pergunta que rematei a conversa e que os deixei a reflectir e vos deixo também a vocês a reflectir.

Deixemos de ser egoístas de sentimentos e vamos pensar um pouco mais nestas crianças.

Preferias fazer dois cartões no dia do pai ou dois cartões no dia da mãe ou não fazer nenhum por não ter a quem os entregar?

Vive a Vida

Desde que nascemos, a única verdade que podemos considerar absoluta é a certeza que iremos todos morrer um dia. uns mais novos, outros mais velhos, mas todos, todos somos efémeros.

Há aqueles que passam pela vida, que fazem esta viagem de uma forma conformista, triste, pouco notável, ou notável pelas coisas más que fazem. Há aqueles que se colocam nas mãos dos outros por ser mais fácil ter alguém a "comandar" a sua vida. Há tantos outros que só reclamam e tentam estragar vidas alheias simplesmente porque a sua não lhe corre bem.

Há também aqueles que não se fiam pelo sobreviver, há aqueles que querem viver e que amam a vida. Amam a vida com o que têm e não com o que gostariam de ter. Há aqueles que querem ir mais longe, são mais ambiciosos mas a sua ambição não os leva a passar por cima dos outros. Há os que vivem livremente e escolhem os seus caminhos, optam pelas suas experiências. Há os fortes, os que enfrentam os problemas com um sorriso nos lábios. Há os afortunados que têm sempre alguém que os traga para cima em momentos mais difíceis ou que simplesmente não os deixam cair. Há os que podem dar opinião, opinar, exprimir-se sabendo que o ouvinte estará com a maior atenção. Há os donos das suas vidas, os que cometem loucuras que poucos teriam coragem de fazer, que dizem as verdades que poucos teriam coragem de dizer e muitos não gostarão de ouvir. Há pessoas que são assim, diferentes, únicas e especiais. Está na sua essência, está interiormente vincado na sua personalidade junto dos valores que lhe foram sendo transmitidos ao longo do seu crescimento individual.

A opção de pertencer a um destes grupos está nos valores, atitudes e comportamentos. O bom atrai coisas boas, o mau atrai coisas más. O positivismo atrai situações de felicidade, o negativismo atrai "o que tiver de vir", mas mesmo que venha algo de bom nunca parecerá suficiente.

Podemos escolher fazer esta viagem invadidos por sentimentos de frustração, solidão, derrotismo, ou podemos marcar a diferença colocando todo o nosso ser, toda a nossa vitalidade nas coisas mais pequenas que possamos fazer. Pode parecer insignificante numa primeira instância. Pode ser insignificante para todos mas terá sempre bastante valor para nós que o fizemos, que o fazemos com alma, que o fazemos por prazer.

O nosso empenho deverá ser constante, o prazer de fazer infindável e os nossos dias com bastantes coisas boas que nos façam gargalhar. Se não acontecer ligamos a um amigo e recordamos aquele dia em que fizemos aquele disparate e aí, aí já não conseguiremos parar de rir. De uma forma ou de outra, o importante é chegar ao fim do dia, fazer a nossa introspeção e dizer "GOSTEI", chegar ao final da nossa viagem e dizer "MARQUEI A DIFERENÇA", vivi e contribui para que o mundo que deixo hoje não seja o mesmo que encontrei.