
Um tema que ainda não muito falado já provoca conflitos de opiniões.
Estava eu tranquilamente num bar a conversa com amigos e naquele conversa puxa conversa em que se falam de vários assuntos destaco uma pequena discussão sobre o tema da adopção de crianças por casais homossexuais.
Todos os que me acompanhavam se revelaram contra a adopção. Uns porque é uma situação difícil de imaginar e que poderá ser traumática para as crianças, outros por ser contra a natureza humana ter dois pais ou duas mães, outros apenas por sentimentos retrógrados e egoístas.
Argumentos tão fracos perante as vantagens da adopção. Para mim é tudo uma questão de mentalidade e educação.
Traumáticas são as situações pelas quais as crianças passam para chegar ao ponto de terem de ser retiradas as suas famílias de origem. Traumático é passar fome e necessidades de várias ordens. Traumáticas são as situações de natureza física e psicológica a que estavam sujeitas.
E depois o que acontece a estas crianças? São despejadas em Instituições junto de outras crianças igualmente traumatizadas.
Claro que para se adoptar uma criança existem técnicos competentes para estudar e avaliar as condições da família mas o mais importante é reconhecer que a adopção é um acto de amor quer seja por casais hetero ou homossexuais. O superior interesse da criança deverá estar sempre acima de tudo e a institucionalização surge sempre como ultima opção apesar de ser a mais frequente.
Todas as crianças institucionalizadas desejam ter uma família, a maioria delas não consegue alcançar esse seu desejo. Isto acontece porque o numero de casais que pretende adoptar é grandiosamente inferior ao numero de crianças que estão para adopção, porque se perdem por vezes anos com burocracias estúpidas, porque apenas se procuram bebés e as crianças de já certa idade são colocadas de parte.
Se permitissem aos casais homossexuais, que apresentassem condições para criar e amar uma criança, a adopção, o numero de crianças institucionalizadas no nosso pais iria notoriamente diminuir. Quantas mais crianças iriam poder desfrutar do conforto de um lar!
Acima de tudo somos todos seres humanos e uma pessoa homossexual tem tão ou maior capacidade de amar que uma heterossexual. A liberdade e igualdade são direitos fundamentais do ser humano. O superior interesse da criança é o seu bem estar e o direito a ser amada no seio de uma família feliz.
Se tu fosses uma dessas crianças o que preferias? Passar uma vida inteira numa instituição ou ser adoptado por um casal homossexual que reunisse todas as condições para te dar amor, carinho e o conforto de uma casa?
Foi com esta pergunta que rematei a conversa e que os deixei a reflectir e vos deixo também a vocês a reflectir.
Deixemos de ser egoístas de sentimentos e vamos pensar um pouco mais nestas crianças.
Preferias fazer dois cartões no dia do pai ou dois cartões no dia da mãe ou não fazer nenhum por não ter a quem os entregar?
Tema complicado...
ResponderEliminarQuando dizes que "O superior interesse da criança é o seu bem estar e o direito a ser amada no seio de uma família feliz." não achas que vai levar a inúmeras cláusulas sobre o poder de decisão da criança e a partir de que idade ele se torna viável?
Acho que é um passo de contra senso do governo, e agora existem outros passos na mentalidade que tem de ser dados bem mais importantes que esse...
MexicanCondom.blogspot.com
O Superior interesse da criança não é dar-lhe aquilo que ela quer mas sim dar-lhe aquilo que é melhor para ela. Lógico que o poder de decisão destas crianças está comprometido pela sua idade ou pelas suas debilidades psicológicas. Muitas delas iriam escolher viver com os pais de origem apesar de serem vitimas da falta de condições dos mesmos para as acolher ou de serem vitimas de maus tratos fisícos e/ou psicológicos. Porque boa ou má existe uma família.
ResponderEliminarExistem então os técnicos superiores da área do social, advogados e juizes a decidir e defender o dito Superior interesse da criança.
Outros passos na mentalidade bem mais importantes? as mentalidades podem ser alteradas sobre vários temas ao mesmo tempo sem que uns tenham de influenciar os outros.